Prazer em se exercitar interfere nos resultados do treino.
Alimentação desequilibrada e pouca endorfina explicam desmotivação para treinar. A ciência só vem confirmar o que todos desconfiam: fazer algo sem prazer, não surte bons resultados. E isso vale também para os exercícios físicos: um estudo realizado pela Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, comprovou que as mulheres que avaliam sua rotina de exercícios como sofrida, acumulavam mais quilos em um período de um ano, quando comparadas àquelas que não consideravam o treino um sofrimento. Mas por que muitas vezes a prática de exercícios é encarada como algo penoso? Se você fizer um exercício que gosta, as chances de ficar "viciada" e não querer parar mais de se exercitar são bem grandes. Entretanto, há um complexo processo por trás do nosso metabolismo que pode fazer uma pessoa sentir frustração com a rotina dos treinos. O sofrimento de muita gente com a atividade física pode ser explicado pela sensação de praticar os exercícios e, ao mesmo tempo, não ver uma diminuição do peso. Resultados no prato: Quando alguém começa a praticar uma atividade física, passa a sentir uma maior necessidade de comer, devido ao maior gasto energético. O problema é que muitas pessoas não calculam bem esse equilíbrio, pois não sabem direito o quão calóricos são os alimentos que ingere, ou superestimam a quantidade de calorias que o exercício físico queimou. "Para quem não é atleta, ou seja, que não ultrapassa uma média de uma hora e meia de exercícios físicos por dia, dificilmente vai gastar mais que 800 calorias com o treino em um dia". E essa quantidade não é muito difícil de ser reposta com a alimentação: uma escapadinha com uma sobremesa aqui e um petisco acolá são capazes de dar conta de repor e até extrapolar o que você suou para perder. "Para quem quer emagrecer, o maior segredo, não está somente nos exercícios (que, claro são fundamentais para a boa saúde), pois a alimentação correta é muito mais eficiente em não colocar calorias e gorduras para dentro da sua "máquina", do que tentar gastá-las em vão". Uma boa dica para quem faz exercício é deixar a refeição para o pós-treino, quando o fígado libera a substância glucagon, que facilita a queima das gorduras que você vai ingerir. Esse processo não acontece antes do esforço intenso, ou seja, não é uma boa apostar nas refeições pesadas e guloseimas antes do exercício físico. Sofra menos: Outra pesquisa, também da Universidade de Vermont, comprovou que a boa fama das endorfinas, substâncias por trás da super disposição que dá as caras logo depois da prática esportiva, dura mais do que alguns minutos, como se pensava até pouco tempo atrás. Os pesquisadores observaram que a euforia saudável proporcionada por essas moléculas despejadas no cérebro durante a atividade física perdura por até 12 horas, garantindo a disposição. Ou seja, não é mito, nem algo inalcançável gostar tanto da atividade física a ponto de fazer dela um hobby - e não só uma obrigação com sua dieta e saúde. Entretanto, quem começou a se exercitar agora, não irá sentir esse efeito de imediato. A maioria das pessoas começa a sentir prazer com o exercício em alguns meses de treinamento, mas isso varia de pessoa para pessoa. Se você não vê a hora de encarar a rotina de exercícios como uma diversão, deve pensar bem antes de escolher sua atividade e, além de checar sua saúde, pode optar por fazer também uma avaliação com um profissional de educação física. Quem quer tomar gosto pelos exercícios deve observar qual é seu tipo de perfil e escolher a modalidade que tem a ver com a personalidade. Há pessoas que não gostam das academias cheias, preferindo atividades em casa ou ao ar livre, há aqueles que preferem exercitar o corpo e a mente ao mesmo tempo (e escolhem práticas como Tai Chi ou Yoga). "Mas seja qual for a sua escolha, a musculação não deve ser deixada de lado, pois é uma base para fortalecer a musculatura, o que é importante e qualquer atividade física".
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